terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Manifestações Artisticas Originarias da Cultura: MUSEU


Museu Paranaense e a Mulher



“O Universo Feminino – a vaidade do espartilho ao silicone”
Por ocasião das comemorações do Dia Internacional da Mulher, o Museu Paranaense vem homenagear ” O universo Feminino – a vaidade do espartilho ao silicone”.
A beleza sempre foi uma moeda para a mulher, e a sedução sua melhor estratégia. Para seduzir é necessário ser bela ou tornar-se bela e, desde a pré-história, o ritual inclui artifícios como os cosméticos – cremes, perfumes e maquiagem; os adornos – penteados, jóias, flores, fitas, tatuagens; os trajes – roupas de baixo, vestidos, saias, blusas; e os acessórios – chapéus, bolsas, sapatos, leques, sombrinhas, e outros. A sedução custa caro, e as mulheres, através dos tempos, sempre pagaram seu preço.
No final do séc. XIX, o ideal da beleza Feminina ainda é inspirado pelo romantismo. A mulher deveria ser delicada e parecer uma flor. O espartilho é presença obrigatória no corpo da mulher, afinando o torso, acentuando a cintura e o peito, e para o horror da medicina, causando sérias de formações na estrutura óssea, muitas vezes levando a óbito.
Adornos aparecem em profusão, como pentes, chapéus, plumas e flores. Silhueta em S. Calçolas e gupes, meias de lã ou seda. Pés pequenos e escondidos. Sapatos bordados com saltos baixos.
Com a virada do século, surge a tentativa de liberar o corpo da mulher. Após 1914, o espartilho desaparece, as saias encurtam e os cabelos também.
Chapéus cloche para o dia. Plumas e faixas para a noite. Silhueta tubular. Achatadores de seios e cintas-ligas, meias de seda ou lã e sapatos baixos.
Mais tarde, o cinema dita a moda. Rosto muito maquiado. Chapéus pequenos, pernas à mostra e meias de seda com risca. Luvas e sapatos com tiras e salto grosso. Muito brilho para a noite.
Nos meados do séc. XX, surgem os “anos dourados”. Cabelos presos ou rabo-de-cavalo. Coloração com tinturas. Chapéus de abas largas, cintura fina, saias rodadas com muitas anáguas. Cintas e sutiãs com enchimento.
É nos “anos rebeldes”, anos 60 e 70 que o papel da mulher na sociedade dá um grande salto. Surge a pílula anticoncepcional, abrem-se as portas no mercado de trabalho. As pernas estão de fora com a mini-saia. Tem início a ditadura da magreza. Há uma euforia na libertação feminina.
No final do séc. XX, as mulheres já dispensam o soutien. Inicia-se a era do corpo “malhado” . As academias e as dietas se espalham rapidamente. A mulher se divide entre o trabalho, os filhos e a casa.
No inicio do séc. XXI, o processo da globalização vem influenciar as tradições. A TV a cabo, a internet, o celular, colocam a mulher num mundo novo. Nesse panorama circula hoje a mulher. O culto exagerado da juventude tornou a velhice um incomodo a ser evitado a qualquer preço. As mulheres começam a usar a lipoaspiração, o botox e a cirurgia plástica, como recurso para modelar o corpo. Os mililitros de silicone implantados são apresentados como troféus. A moda é o corpo. Nos cabelos os alisamentos, a chapinha e o interlace. Os “Spas” e as inúmeras dietas também fazem parte da corrida ao rejuvenescimento. Em contra-ponto surgem doenças da beleza, como a bulimia e a anorexia. Provas de que a vaidade feminina continua tendo seu preço, através dos tempos.
As armas do arsenal feminino vai variando de acordo com a beleza de cada época, da musa a top model, do espartilho ao silicone.

Montagem e pesquisa: Deise Falasca de Moraes, Esmerina Costa Luis, Richard Bischof e Vera Coelho
De 20/MAR a 29/ABR 2007-03-02
Museu Paranaense
Rua Keller’s, 289 – Alto São Francisco


Manifestações Artisticas Originarias da Cultura: História

  Música e História da Migração no Paraná são temas do Nacionalidade Brasileira

A entrevista com o cantor e compositor Guêgo Favetti será reapresentada neste domingo abordando  aspectos  da formação recente do Oeste e Sudoeste paranaenses. Ele canta entre outras a música "Cuitelinho" de Paulo Vanzolini e fala da importância das culturas gaucha e italiana na  cultura paranaense .
O programa, apresentado por Nizan Pereira irá ao ar neste domingo, dia 19 de dezembro às 22:00 horas, pela TV Paraná Educativa,canal 9, pela TV a cabo, pela parabólica e pela internet na página   www.pr.gov.br/rtve.


Manifestações Artisticas Originarias da Cultura: Artes Visuais, Escultura


Acervo João Turin ganhará obras inéditas

Mesmo após 60 anos de sua morte, o artista paranaense João Turin – o maior nome brasileiro da escultura animalista – continua contribuindo para o engrandecimento da arte e cultura do Estado. O seu acervo, exposto na Casa João Turin, vai ganhar peças inéditas fundidas em bronze, que terão como base matrizes originais feitas em gesso pelo próprio escultor.
O acervo do artista está sob os cuidados da Secretaria de Estado da Cultura (SEEC) desde 1989, quando o então secretário da Cultura René Dotti viabilizou a constituição da Casa João Turin, no centro da capital. Antes daquela data, as peças estavam armazenadas em um galpão mantido por Jiomar José Turin, sobrinho do artista e herdeiro universal das obras, que as guardou por quase 40 anos, até passar aos cuidados da SEEC, em contrato de comodato, para manutenção e exposição do acervo ao público.
Foi pensando na importância de uma maior disseminação das obras e na memória de seu tio que Jiomar avaliou e aceitou a proposta de aquisição feita pela família Lago, uma dos sócias do grupo Positivo. O interesse dos novos proprietários pelo acervo de João Turin surgiu pela preocupação em contribuir para a cultura paranaense no Brasil e no mundo.
João Turin nasceu em Porto de Cima, município de Morretes, mas graças a uma bolsa de estudos que ganhou do Estado do Paraná, especializou-se em escultura na Academia Real de Belas Artes de Bruxelas, na Bélgica, local onde ainda há peças feitas pelo paranaense. Quando retornou ao Brasil, Turin morou no Rio de Janeiro, onde expôs a escultura de Tiradentes, obra executada em uma temporada em Paris.
Mais de 360 peças em gesso, 176 pinturas, fotos, cartas, estudos e esboços integram o acervo de João Turin, sendo que uma boa parcela das esculturas concebidas pelo artista para serem em bronze não chegou a ser fundida.
As obras não executadas em bronze serão levadas para um acervo técnico seguro construído pelos novos proprietários, onde serão manuseadas por uma equipe de museólogos, artistas plásticos, restauradores e especialistas em fundição, que usarão as técnicas mais avançadas da área para garantir os melhores resultados no processo. Apenas algumas das peças serão disponibilizadas para comercialização, e o governo do Estado do Paraná receberá em doação uma cópia de cada original a ser fundido em bronze, sob a condição de que a peça integre o acervo do artista na Casa João Turin, ficando exposta ao público visitante.
Este é um momento importante para a memória do escultor e para a valorização da arte brasileira. Em outubro passado, Jiomar, então proprietário do acervo, recebeu o convite da III Bienal de Artes Brasileiras de Bruxelas para expor e homenagear João Turin em 2011, na Bélgica. E essa não será a única oportunidade de apresentar os trabalhos do artista. Ano que vem, o Brasil será o País tema da EUROPALIA, maior evento cultural da Bélgica, que também acontece na França, Alemanha, Holanda e Luxemburgo. Sinal de que a arte brasileira – e a paranaense – irá receber destaque merecido lá fora.